Relato enviado pela voluntária Kenia
(Palhaça Zélia)
Eu (Zélia),
Nelson e Odorica aterrissamos na quimioteca. Demos uma voltinha, sondamos o
ambiente e após alguns jogos, quando já estávamos nos dirigindo para o
elevador, vem alguém e diz: “tem uma pessoa chamando vocês ali”. Opa! Já
estamos voltando.
Para minha
surpresa, se tratava de uma menina adolescente que já tinha nos visto lá há alguns
minutos atrás e que estava com o seu fone de ouvido, assistindo algo no celular...
era um filminho!! Perguntamos o que nos levava ali novamente e ela disse “faz a
minha mãe rir”. Tenho aquela expressão até agora comigo.
- Claro!!!!!
Como somos
espertas, passamos a bola para o Nelson, enquanto eu e a Odorica pedíamos dicas
para a menina, de qual seria a melhor forma de fazer a mãe dela rir. Ela disse,
que a mãe gostava de forró. Nossa!! Lá vem o Nelson direto do Paraguai
preparadíssimo.... E aí, começa o jogo da vida que mencionei, ou melhor, da
minha vida. Eles começaram a bailar e eu comecei a resmungar um forró...
Nelson gira pra
cá, a mãe gira pra lá, o povo se divertindo... quando um pai
"maldoso", porém sincero diz para o Nelson algo mais ou menos assim:
“você até que estava indo bem, mas essa daqui (euzinha) está te prejudicando.”
Sim, eu canto
muito mal, sem ritmo... quanto mais eu cantava, mais eles riam!
Bom, tenho
certeza de que nesse dia, naqueles minutos ali, a menina conseguiu retribuir
para a mãe um pouquinho de toda a atenção, companheirismo que a mãe dela a fez
sentir naqueles momentos difíceis. Mãe é para toda hora, para toda vida!!!
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