Palhaço também conta histórias!
Neste blog você pode saber um pouco mais das nossas histórias vividas nos hospitais.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Impeachment...ou não!


Relato enviado pelos voluntários José Veloso (Palhaço Pacheco) e Rafael (Palhaço Valentim)



Numa das alas lotadas da Quimioteca, Pacheco e Valentim se aproximaram do acesso e logo foram observados pelos presentes no local.  Na entrada, havia um rapaz que observava os palhaços com um certo ar de superioridade! Sem dúvida, era a pessoa que mandava naquela área.

Valentim, para confirmar, questionou: É você quem manda aqui? Ou há outro líder no local?

O rapaz respondeu que era ele mesmo que mandava e que aquele era o primeiro dia dele no comando. 

Pacheco e Valentim ficaram admirados com o poder do novato, afinal, não é qualquer pessoa que em um dia se torna um rei conquistador! Assim, começaram a tentar entender como aquele líder havia obtido tamanho sucesso.

Mas será que era mesmo um sucesso?

Para saber a popularidade do novato, começaram um amplo debate sobre a gestão da ala! Houve divergências, mas após alguns instantes um menino da extrema esquerda destra proclamou: Não gosto dessa gestão, pois acho que falta atenção aos presentes da ala.

Ouvindo aquilo, Pacheco e Valentim só tinham um caminho para seguir: Iniciar um processo de impeachment para que a ala tivesse mais atenção. Com a aprovação de mais dos 2/3 dos presentes, o procedimento foi instaurado!

Mas havia um problema? Quem iria assumir?

Rapidamente, o menino que reclamou mais atenção lançou sua candidatura e a votação começou!

A disputa estava voto a voto e a decisão ficou para a mãe do atual líder. O novo candidato já demonstrava um certo ar de desolação, mas a mãe decidiu votar na oposição! Todos se surpreenderam e a gestão da ala passou a ter um novo líder!

Definitivamente, aquela mãe não queria seu filho envolvido na política.... Mãe é mãe.... 

quarta-feira, 16 de março de 2016

Bloco dos Clones

Relato enviado pela voluntária Claudia (Palhaça Dona Borboleta)




Experimento de Carnaval, Romão e Dona Borboleta com muitos confetes e serpentina, adentraram a UTI para desvendar o segredo daquele quarto.

Era uma senhora muito educada e bem disposta, e na parede à sua frente havia uma grande porta (espelho). Cumprimentamos com toda nossa educação britânica, e ela respondeu com um largo sorriso. Muito simpática, respondia ao detalhado questionário do Romão: quem ela era, o que fazia ali, o que gostava de fazer... De repente vimos uma mulher igualzinha, na cama em frente. 
Epa, quem era aquela mulher? E elas se entreolharam e se cumprimentaram acenando com a mão. E Romão foi lá na frente da outra cama e perguntava as mesmas perguntas, mas quem respondia era a mulher do lado dele. 
Epa! Que loucura isso! Mas porque eu pergunto para ela, sua clone, e quem me responde é a senhora? E as duas faziam cara de paisagem e davam de ombros para o confuso Romão.

Dona Borboleta se aproximou e de repente viu um outro Romão do outro lado do espelho! Epa, você foi clonado também! Olha lá outro Romão do lado da clonada!

E Romão olhou para seu clone e achou que ele era bem bonitão...Olha que coisa mais perfeita!  

E quis sair para abraçar o seu clone lá do outro lado...mas deu de cara com o espelho e ganhou um belo galo na testa!

quarta-feira, 9 de março de 2016

O Jogo do Copo

Relato enviado pelo voluntário Luciano (Palhaço Crispim)




E com vocês: a entidade Ribas


Era uma manhã com poucos pacientes no Hospital Emílio Ribas. Acabamos a visita nos andares, bem rápido. Como de costume, saímos do prédio e fomos até o Pronto Atendimento. Ao entrar, vimos uma sala com a porta entreaberta.
Ah! Nossas cabeças adentraram a sala coordenadamente e fomos recepcionados por um monte de médicos nos olhando. Entramos, e diante daquele monte de pessoas vestindo branco, Crispim em um momento mediúnico exclamou:
- Pessoal, vamos nos reunir aqui, nessa sessão, para falar com nosso mentor Emílio Ribas.
Como nos filmes, deram as mãos e começaram o ritual, com um copo virado de ponta cabeça. Seus lindos indicadores sobre ele aclamavam a presença do mentor daquela manhã.
Arlindo vendo que o copo começou a se mexer, perguntou rapidamente quem estava ali, e bem... O copo ficou descontrolado.
- Seu Emílio, é o senhor? Quer nos dizer alguma coisa?
O copo cada vez mais descontrolado, foi em direção ao Tunico, que misteriosamente recebeu o espírito do Senhor Emilio Ribas.
- Rã, rã! Quem me chama? Quem ousa me tirar do descanso eterno?
Risos ecoavam no ar. Ainda sobre o poder do espírito Ribas, Tunico, ou melhor, Sr. Ribas já muito bravo com as risadas questionou:
- Vocês estão de brincadeira com o outro lado do universo, não? Estão rindo de um momento tão sério como esse?
Borrando-se de medo, Crispim e Arlindo, respondem a santidade que de maneira alguma brincariam com uma coisa séria dessas, logo, mais risadas rodeavam o recinto e mais bravo Sr. Ribas ficava:
- Vocês, vão ficar presos neste plano espiritual pela petulância. Serão castigados a passar 12 horas sem dormir aqui dentro.
Entre um riso e outro um dos corajosos médicos solta:
- Nossa, manda essa praga, porque já estamos a 36.
Sutil, Sr. Ribas mandou todos calarem a boca:
- Não respondam para uma entidade superior a vocês.
Acidentalmente, Arlindo e Crispim derrubam o copo e em um passe de mágica, Tunico volta ao “estado normal”.
“Minha nossa senhora, o copo foi virado”, comentou Arlindo.
Caros amigos, essa é a hora que ficamos todos apreensivos, pois, temos apenas uma certeza: O Espírito do seu Emílio ficará preso nesta sala e neste andar assombrando a todos.
- Bom, acho que é agora então o momento de correr, não é? Perguntou Crispim.
Olhando–se gritam uníssonos:
- Cooooooorreeeeee gente!


No “pinote”, saíram da sala apavorados, porém com uma pulga atrás da orelha: “Oras, eram só risadas, porque será?


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Novos Palhaços na Operação Arco-Íris

"Aprendi que a vida é pra ser curtida, que o sorriso é para ser doado, o sentimento demonstrado e o amor conservado." 

Alyne Quissak



Todos os anos, a Operação Arco-Íris seleciona e capacita novos voluntários para cumprir nossa missão nos hospitais. É um processo longo, mas após um ano de palestras e oficinas observamos o nascimento de novos palhaços.

O processo de capacitação é intenso e muito se vive e se compartilha durante ele.... É algo que é muito difícil de ser explicado, pois praticamente tudo é sentido com grande intensidade. Tudo é único, especial e verdadeiro... É uma grande aventura do espírito!

Agora, temos em nosso time de palhaços a Auréllia, o Telmo, a Margô e o Pirulão, palhaços pequenos, grandes, mas de bom coração.

Temos a Teka a Striquilina a Tulipa e o Pacheco, palhaços magros, gordinhos, mas simpáticos e não secos.

Guadalupe, Catú e Tonha também entraram para nosso time, mas com gente grande, pequena e com barba não há nada que rime.

Não menos importantes, teremos Valentim, Salete e Acácia nos hospitais! Estes são nossos novos palhaços, está bom ou querem mais?!?!

E assim desejamos que este ano seja de muitos sorrisos, amor, encontros e transformações, afinal, é isso que faz a vida valer a pena! 

Para terminar, segue um texto escrito por uma de nossas novas voluntárias, após o término da última oficina (antes de nossos novos palhaços colocarem os pezinhos (ou pezões) nos hospitais)!