Relato enviado pelo voluntário Henrique (Palhaço Heitor)
Ao chegar no Hospital Dia do Hospital Menino Jesus, um fenômeno curioso aconteceu: havia muitas crianças bem pequenas, e elas rapidamente pararam o que faziam e ficaram olhando – imóveis - os palhaços.
O Tunico rapidamente identificou aquelas criaturas: “São suricates!”
O líder deles, no alto de seu leito-berço, mantinha a postura atenta, com mãos de suricates, e dava comandos aos outros. Ficamos imóveis também, tentando calcular uma aproximação.
Minha vasta experiência com multidões de suricates me levou a uma ideia: o famoso “Pãn-pãrã rãm pam...” – E a resposta veio meio murcha, mas veio: “Pãn pãaaam!!!”
“Ah, eu sabia.” – disse ao Tunico que tentou de novo, e na segunda vez a resposta foi melhor!
Comecei a testar outras aproximações, e todas funcionaram:
- Tchúbi-djhiúbi djhiúbi...
- Djhiú djiú!!
- Pi-piriri Pi...
- Pipiiiii!!!!
Aaaaaah... estava começando a ficar muito estranho, melhor parar! Essa gente gritando essas coisas, em pleno hospital!!!
Mas os suricates estavam tão receptivos que até renderam um programa inteiro de TV! Percebemos que estávamos sendo filmados por TRÊS câmeras de celular!
Foi então que resolvemos fazer um documentário e uma prévia do espetáculo de 20 anos da OAI. O show teve atrações, entrevistas... Eu, Heitor, apresentava o programa enquanto o Tunico fazia o suporte e os comerciais!
Foi um sucesso tão grande, que na atração final, sobre a vida dos suricates, conseguimos o maior coro de Pan-pãrãrãm-pam de toda a história do Hospital Menino Jesus!!!
Os pequenos suricates do Hospital Dia nos mostraram que seu mundo é extremamente cativante e comunicativo!