Relato enviado pelo voluntário Adê (Palhaço Romão)
Lorena, Bernardino e Romão entraram no Pronto Socorro do hospital Emílio Ribas e lá encontraram duas enfermeiras que olhavam uns papeis. Bernardino se aproximou sorrateiramente para ver o que eram aquelas folhas e percebeu que elas estavam jogando STOP!
Os palhaços acharam aquilo um absurdo, afinal, era horário do expediente e STOP nem é tão legal assim. As enfermeiras, tentando mudar de assunto, insistiram para que os palhaços entrassem em um determinado quarto, pois, segundo elas, havia uma paciente bem triste e deprimida.
Os palhaços decidiram entrar um a um naquele local e Lorena, com todo seu charme, foi a primeira. Em seguida, Romão, um tanto quanto desajeitado, entrou no quarto e Lorena pediu uma nota para a beleza dele. A paciente deu nota 08, mas Romão não gostou, pois achava que merecia mais.
Bernardino entrou na sequência e também foi avaliado. Para surpresa de todos a nota dele também foi 08 e, portanto, percebeu-se que o problema não estava na beleza dos palhaços, mas na avaliadora que só conhecia um único número: o famoso oito!
Lorena, com seu instinto solucionador de problemas, disse que sabia como resolver aquela situação e se posicionou para ser avaliada. A paciente pensou um pouquinho e disse: “Nota 10! Afinal, toda mulher merece ganhar um dez”.
Romão e Bernardino ficaram indignados e exigiram justiça! E se notas mais altas eram só para mulheres, eles também poderiam se transformar... E se transformaram!
A paciente sorria com aqueles palhaços afeminados tentando ganhar uma nota mais alta... E quanto mais eles tentavam, mais ela ria!
Nenhum dos palhaços conseguiu um dez, mas a verdade é que aquele sorriso valeu muito mais que qualquer nota máxima! Na saída do quarto uma das enfermeiras falou “Nossa, ela sorriu...”. Sim, sorriu!