Palhaço também conta histórias!
Neste blog você pode saber um pouco mais das nossas histórias vividas nos hospitais.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Bigodão Poético


Relato enviado pela voluntária Cinthia (Palhaça Olívia)



Na Quimioteca um senhor prestativo nos dava atenção.
Ele queria nossa identificação!
- Claro que sim, como não!? Tome aqui nosso cartão!
Analisando ele ficou... olhava... olhava e logo perguntou:
- Com que permissão vocês entram aqui? 
Assustados com tanta autoridade, olhamos e paralisamos com tamanha seriedade! 
- É queee... É quiii... 
- Ué, com a permissão do senhor, claro!
Duvidoso, ele insiste...
- Para andar aqui precisa de licença, meu caro!
Andando de um lado para o outro, preocupados...
Batatinha revida magoado: - Olha esse moço, que danado! 
- Na verdade viemos por ordens de cima para verificar sua licença, que está vencida! 
- Olívia pegue a tesoura e vá afiar... Está na hora de picotar!!!
Saco a tesoura pontiaguda surpreendida, aquele era o melhor momento da minha vida! 
A tesoura de cabo azul era tão BLÚ que me dava emoção, fazia tempo que não tinha aquela sensação! 
Vê se pode, olha o tamanho daquele bigode!!!
Digo ansiosa e torço...
- Venha seu moço, para que eu possa aparar esse bigodão, assim o senhor não leva nenhuma intimação!
Batatinha aguarda em silencio com olhar de vencedor, quem era mesmo o cobrador?
Desconcertado o moço do bigode se assusta e logo vasculha algum canto de sua blusa...
- Onde será que coloquei, não consigo achar... Será que vou ter que aparar? 
Fazendo cara de séria ameaço com “Reec Reec” da Tesoura BLú...
- Continue! Procure! Procure ou será pior pra tu!
Com as mãos ele segura o bigode com medo ele grita, ele explode...
Inicia o discurso e se explica:
- Esse bigode e pra Ticaaaa!
- Quem?
- Quem?
- A Tica!
- Aaaaaah aTica! 
Logo visualizamos a menininha que tirava um cochilo.
Toda quentinha, parecia um esquilo. 
Agora tudo estava explicado, não poderíamos cometer aquele ato malvado!
Então tramamos a barganha, porque assim todo mundo ganha!
O seu Moço acabou nos dando a permissão para vagarmos por aqui.
Enquanto nós dávamos a Licença para ele desfilar por ali 
Trocando olhares de cumplicidade...
Tudo acabou virando só felicidade!




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