Relato enviado pelos voluntários Daniela e Mauro (Palhaços Janja e Malavazzi)
Apenas um senhor dentro do quarto e uma palhaça na porta.
- Oi, com licença? Posso entrar? – questiona Janja.
- É... sim.
- Qualquer um pode entrar aqui?
- Pode, acho que pode.
- Ah tá, peraí, deixa eu só chamar o meu parceiro.
Janja voltou para o corredor e Malavazzi aparece na porta.
- Oi, com licença? Qualquer um pode entrar aqui?
- É... acho melhor perguntar para a enfermeira – disse o paciente, pensando que a nossa pergunta se tratava de questões infecto-contágio-infecciosas contagiantes.
- Veja, meu senhor - disse Malavazzi, já entrando no quarto – é que a minha parceira, a Janja, ela rouba. Sabe? Uma pessoa rouba coisas? É ela. Não sei se é uma boa deixar ela entrar ...
Tarde demais, Janja já estava dentro.
Bom, com os dois palhaços lá dentro do quarto, Malavazzi foi explicando para o senhor uma proposta dele a respeito da vegetação da cidade: substituir todas as árvores por eucaliptos! Os eucaliptos eram ótimos, eram verdes, eram cheirosos... e... e o senhor tinha parado de prestar atenção no belo discurso eucalíptico e começou a olhar para algo que se passava atrás de Malavazzi. Malavazzi virou-se e, como esperado, lá estava a Janja tentando roubar lençóis do quarto! Lençóis! Que deprimente.
Os dois repreenderam a ladra e Malavazzi voltou a explanar sobre sua proposta inovadora. Eucalipto é genial, a cidade pareceria uma sauna gigante e... e... novamente vira-se e Janja agora tentava roubar uma almofada. O senhor riu, porque a almofada não cabia debaixo do vestido da Janja que novamente foi repreendida.
O eucalipto isso, o eucalipto aquilo e... e... agora ela tentava roubar aquele gaveteiro móvel gigante! Que absurdo!
- Viu, senhor? Não é todo mundo que você pode deixar entrar aqui. – diz Malavazzi.
- Entendi. Deixo entrar os Eucaliptomaníacos, mas barro os cleptomaníacos.
- Perfeito!
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