Relato enviado pela voluntária Paloma (Palhaça Lorena)
No sétimo andar do GRAACC, Estafúrcio e eu fomos em direção ao quarto do M., um bebê com aproximadamente um ano de idade.
A porta estava fechada e ouvimos um choro de criança lá dentro. Decidimos não entrar.
Visitamos os outros pacientes do andar e voltamos ao quarto do M. Desta vez, a porta estava aberta e ele estava quietinho no colo de sua mãe. Eu passei rapidamente pela porta, dando tempo apenas para uma olhadela. Estafúrcio fez o mesmo e começamos esse jogo de passagens rápidas pela porta, sem entrarmos no quarto. Os olhinhos do M. acompanhavam nossas aparições com interesse.
Em determinado momento, entramos no quarto e procuramos esconderijos.
O “aparece e desaparece” continuou. Ora o Estafúrcio passava depressa pelo M., com seus sapatos fazendo barulho, e se escondia, ora era eu quem aparecia rapidinho e trocava um olhar com o M.
Lorena passa e entra no banheiro.
Estafúrcio passa e se esconde atrás das cortinas.
Lorena passa e sai do quarto.
Estafúrcio passa e se esconde atrás da porta.
E assim foram inúmeras passagens, encontros e desencontros de nossos olhares com os olhos atentos do M.
Prosseguimos nosso jogo de esconde-esconde acelerado até Estafúrcio e eu ficarmos do lado de fora do quarto. Resolvemos nos despedir do bebê com mais algumas passagens rápidas pela porta.
Depois dos acenos de tchau, não ouvimos mais nenhum choro dentro do quarto, só as risadas da mãe e do bebê.
Um comentário:
Adoro o trabalho de vocês, especialmemte da Lorena, que está fazendo nta falta no GRAAC...
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