Relato enviado pelo voluntário Henrique (Palhaço Heitor)
Em um dos quartos, entramos o Giba e eu.
A pedido da enfermeira, tentaríamos nos comunicar com o E., muito pequeno, que estava se recuperando e começava a escutar os primeiros sons.
Viraram a cabecinha dele para que ele nos visse. Nós acenamos e demos um oi bem singelo.
A enfermeira perguntou pro E. se ele estava nos vendo: “Se você está vendo eles, pisca o olhinho”.
Ele piscou.
Entendemos que a forma de comunicação dele eram as piscadas e ele estava voltando a escutar.
Depois de alguns olhares, eu disse que iria cantar uma música muito especial pra ele.
O meu parceiro Giba compartilhava com a mãe aquele momento.
A enfermeira, mais uma vez: “E., se você está escutando, pisca o olhinho”.
Ele piscou.
Comecei a cantar “Minha Canção”, uma das minhas músicas favoritas!
O E. abriu bem os olhinhos e olhava com atenção.
A pedido da enfermeira, tentaríamos nos comunicar com o E., muito pequeno, que estava se recuperando e começava a escutar os primeiros sons.
Viraram a cabecinha dele para que ele nos visse. Nós acenamos e demos um oi bem singelo.
A enfermeira perguntou pro E. se ele estava nos vendo: “Se você está vendo eles, pisca o olhinho”.
Ele piscou.
Entendemos que a forma de comunicação dele eram as piscadas e ele estava voltando a escutar.
Depois de alguns olhares, eu disse que iria cantar uma música muito especial pra ele.
O meu parceiro Giba compartilhava com a mãe aquele momento.
A enfermeira, mais uma vez: “E., se você está escutando, pisca o olhinho”.
Ele piscou.
Comecei a cantar “Minha Canção”, uma das minhas músicas favoritas!
O E. abriu bem os olhinhos e olhava com atenção.
Dorme a cidade... Resta um coração. Misterioso... Faz uma ilusão! ...
A enfermeira acarinhava o bracinho dele, tão frágil...
Soletra um verso... Lavra a melodia. Singelamente... Dolorosamente.
O Giba começava a dormir nos braços da mãe, que ria, delicada.
Doce é a mú-si-ca. Silenciosa...
O E. começou a fechar o olhinho...
Larga o meu peito... Solta-se no espa-aço!
O Giba roncava de leve, a mãe ria.
Faz-se certeza.... Minha canção. Réstia de luz... onde dorme o meu irmão!!
E onde dorme o E.
Eu percebi o Giba dormindo também e o acordei, sussurrando que a música tinha acabado.
O olhinho do E. se abriu de leve, ele se remexeu na caminha... deixou o bracinho cair perto de mim.
Eu acenei e me despedi.
A mãe ficou muito feliz com os ouvidos do filho!
A enfermeira nos agradeceu.
Saímos, mas deixamos lá um coração de mãe e dois pequenos e lindos ouvidos.
Um comentário:
Que lindo!!!!
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