Relato enviado pelo voluntário Fabio (Palhaço Bordô)
O segundo andar estava repleto de crianças e depois de interagir com várias, nos deparamos com um menino que estava de chupeta verde. Ao olhá-lo, percebemos à primeira vista o brilho nos seus olhos. Naquele momento eu não sabia quem era o palhaço: ele ou nós. Valentina pediu para ele tirar a chupeta e num ato ágil e com muita naturalidade, o garotinho tirou a chupeta da boca. O riso foi a tônica do ambiente naquele precioso momento. Todos que assistiram o ato riram com o fato. Novamente me veio a cabeça: quem é o palhaço?
O menino notou que sua ação foi um sucesso e repetidas vezes, estimulado pela minha colega Valentina, ele tirava e colocava a chupeta da sua boca para a plateia rir. Um legítimo palhaço. Eu, Bordô, para acompanhá-lo, descobri que quando ele tirava a chupeta, eu explodia em alegria num gesto grande que se repetia. O garoto começou a tirar e colocar a chupeta várias vezes para ver o gesto e rir. Enlouqueci neste movimento, a minha parceira Valentina também e, muitas gargalhadas apareceram ao nosso redor da plateia que contava com quase 20 pessoas. Mas o grande foco não fomos nós, mas o ato preciso, espontâneo e ímpar do garoto de chupeta verde.
Nem sempre o palhaço está em nós, mas escondido no outro, neste caso, estava na criança de chupeta verde.
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