Uma
senhora sentada numa cadeira
Um
palhaço entra em cena
A
senhora olha
O
palhaço a olha
O
palhaço inerte retribui o olhar
Sempre
se espera algo do palhaço
Exceto
aquela senhora que espera sem pesar
De
olho fixado na senhora
O
palhaço pôs-se a falar
“A
senhora é a rainha em ajudar
Muita
ajuda é o que planta
Colhe
amor em troca de olhar”
De
olhos embargados
A
senhora segurou o seu chorar
O
palhaço transformado
Viu
no olho da senhora
Um
reflexo inesperado
Que
o riso não era necessário
Necessário era amar.
Bordô
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