Palhaço também conta histórias!
Neste blog você pode saber um pouco mais das nossas histórias vividas nos hospitais.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O Casamento


Relato enviado pelo voluntário Luciano (Palhaço Crispim)



Coriza e Crispim caminhavam por um dos corredores do Hospital Menino Jesus e se depararam com uma cena um pouco esquisita...
De um lado do balcão estava uma enfermeira e do outro estavam dois homens assinando um papel. Coriza e Crispim se olharam e o pensamento foi igual e instantâneo. “É UM CASAMENTO”.

Crispim: “Casamento com dois homens, Coriza?”
Coriza: “Hoje em dia é normal, Crispim!”
Crispim: “Ahhh então tá bom! Mas eles estão sem padrinhos!”
Coriza: “Não seja por isso. Olha nós aqui!!”

Coriza e Crispim correram cada um para um lado do balcão para testemunhar o matrimônio. Nisso os dois “noivos” já estavam numa risada só.

Crispim colocou a mão no queixo, olhou meio que desconfiado para a enfermeira e perguntou: “A Senhora que é a padra?”

A enfermeira, no meio de muita risada, respondeu: “Sou eu sim, e os senhores quem são?” Crispim e Coriza responderam prontamente: “Horaaaass, os padrinhos!!”
Coriza: “Xiii, Crispim. Ta faltando uma coisinha aí...”
Crispim: “O quê?”
Coriza: “O buquê!”

Saímos correndo e com um punhado de papel fizemos um lindo buquê! Entregamos para o noivo e continuamos o casamento.
Nossa padra-enfermeira terminou o casamento e logo na sequência corremos para trás dos noivos chamando todo mundo que estava no corredor do andar.
“Corre, gente, corre, os noivos vão jogar o buquê!!”

Quando olhamos para trás, tinha uma galera com a gente participando da festa. Fizemos aquele bagunça no andar gritando: “JOGA, JOGA, JOGA.”

O noivo virou de costas, fez aquele suspense e jogou o buquê, e adivinhem só quem pegou???
Simmmm, a Coriza!!
Quando o Crispim viu a felicidade nos olhos da Coriza, saiu correndo do andar gritando: “Ferrou, agora ela vai querer casar!!! Deixa eu fugir daqui!!”


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O Quarto do J


Relato enviado pela voluntária Catarina (Palhaça Pepa)



Missões aparecem a todo o momento e palhaço que é palhaço não foge jamais!!!
Um dia desses Pepa, Olívia e Janja estavam prestes a entrar em um dos quartos do GRAACC quando viram que os nomes dos dois pacientes internados começavam com a letra J.
Coincidência, isso? Claro que não!! Era evidente que pra entrar ali não seria qualquer um!
Pepa e Olívia se entreolharam...  ixiii só a Janja poderia!! O que elas fariam?

- Eu posso entrar!! Meu nome começa com J e vimos que aqui dentro só entra quem tem nome que começa com a letra J. Meu nome é Janja o delas é Pepa e Olívia! – anunciou Janja convicta que tinha passe livre.
- Simmm, pode! – afirmou um dos pacientes, prestigiando sua parceira de J.
- Tah bom!! - Entrou e fechou a porta na cara das parceiras.

Desespero, indignação, raiva do próprio nome... foram os sentimentos que invadiram Pepa e Olívia naquele momento! Elas não podiam e não queriam ficar de fora! Poxa vida!!

- Ei ei, posso entrar também??? – gritou Pepa em um ato de desespero.
- Mas qual é o seu nome? – perguntou Janja se gabando da inicial do seu nome que sustentava.
- Jepa! – respondeu Pepa se rebatizando.
- Então pode! – respondeu o outro paciente que também apoiava a causa J.
- Eu também quero!!! Meu nome é Jolívia! – gritou Olívia assumindo um J para entrar no movimento.
- Pode também! – permitiu o paciente já se sentindo chefe da gangue J!

As três dentro do quaro felizes sentiram necessidade de se integrar com a nova turma! Era importante conhecer todos os novos amigos!!

- Ei, e a senhora, qual é seu nome? – perguntou Janja para a mãe do J.
- Meu nome é Maria. – respondeu a mãe.

Um breve silêncio tomou conta do ambiente. Nem J acreditava que sua mãe tinha um nome que não começava com J!!!
Deveriam eles expulsar aquela senhora do quarto??

- Ah então vamos ter que mudar seu nome também!!! – Janja, Jepa e Jolívia propuseram!!

O pai do J sugeriu o nome Josefa! Após uma breve avaliação dos presentes o nome aprovado e assim foi feito o batizado de Josefa!
Em nome do J, do J e do espirito J. Jamém!!

A outra mãe, que estava ali escondida, também foi batizada!!

E, assim, jotanto pra lá e jotando pra cá, conseguimos cumprir a missão J do dia!